Não é raro que, ao adquirir uma casa ou apartamento, exista o desejo de dividir um ambiente. O melhor seria contar com a personalização do imóvel na planta, mas nem sempre isso é possível, seja pelo fato da necessidade ter surgido depois ou por causa das limitações estruturais do edifício. Atualmente, os dois processos construtivos mais usados nas paredes são a alvenaria e o drywall.
Por isso, antes de iniciar uma reforma, é bom conhecer as vantagens e desvantagens de cada um, para poder escolher o material que trará mais benefícios. Talvez você nunca tenha precisado pensar nisso até este momento. Sendo assim, neste post trazemos informações sobre as duas opções, para que você consiga escolher aquela que será melhor para a sua residência. Boa leitura!
Esse tipo de método construtivo utiliza placas de gesso acartonado armadas sobre uma estrutura de aço galvanizado. Embora sua instalação exija mão de obra especializada, acaba tendo um custo-benefício interessante, pois o processo é mais rápido e simples do que o da alvenaria.
É bom ressaltar que o drywall aumenta o espaço dos ambientes em 5%, pois as paredes construídas com essa tecnologia apresentam espessura menor. Por serem ocas, é possível fazer preenchimentos com materiais especiais para melhorar as características acústicas e térmicas dessas divisórias.
Esse é o método construtivo mais tradicional de levantar paredes na construção civil brasileira. Pelo fato do drywall ter chegado em nosso País há aproximadamente 20 anos, ele ainda é pouco difundido e ainda existe certa desconfiança em seu uso. Por isso, a alvenaria é muito utilizada.
Construída utilizando tijolos cerâmicos ou blocos de concreto unidos por argamassa, a alvenaria resulta em paredes mais pesadas e robustas. No entanto, o seu processo construtivo é lento e trabalhoso, sendo que, após erguida, é necessário realizar outro serviço para fazer o acabamento desse componente.
Por isso, o processo mais lento e trabalhoso eleva o custo dessa construção. No entanto, o uso desse método construtivo ainda é vantajoso para determinados usos, conforme veremos.
Ao contrário do que as pessoas acreditam, existem dois tipos de paredes de alvenaria: a convencional e a estrutural. Ambos são muito utilizados na construção civil brasileira, sendo que esses métodos construtivos são os mais empregados nos empreendimentos da Cyrela.
Apesar de o processo construtivo ser semelhante — os dois tipos utilizam tijolos de cerâmica ou blocos de concreto na construção das paredes —, eles apresentam grandes diferenças. Por isso, reunimos a seguir as principais características e os cuidados que deverão ser tomados na alvenaria convencional e na estrutural.
A alvenaria convencional é a mais utilizada na construção civil brasileira e tem como única função fazer o fechamento dos ambientes. Assim, as paredes construídas utilizando esse material apenas servem como divisória dos cômodos de uma construção. Por isso, esse método necessita de uma estrutura para suportar os esforços proporcionados pela edificação, a qual normalmente utiliza o concreto armado.
Já a alvenaria estrutural, como o próprio nome já diz, além de ter a funcionalidade de fazer o fechamento dos ambientes, também apresenta função estrutural. Com isso, uma edificação construída utilizando esse método construtivo não necessita de viga e lajes.
Por demandar uma atenção maior durante a execução, as obras que utilizam esse tipo de material necessitam de planejamento e de mão de obra especializada.
Sem nenhuma dúvida, a alvenaria é a solução mais indicada para a construção de paredes externas e estruturais. Esse material apresenta boa durabilidade, impermeabilidade e resistência ao fogo, além de ser mais eficaz em abafar ruídos externos.
Quando se fala em paredes internas — aquelas usadas para dividir ambientes — existem uma certa polêmica entre os profissionais da área. Apesar disso, o drywall é uma opção tem ganhado cada mais adeptos devido as suas vantagens. Essa tecnologia diminui o tempo da obra e apresenta bom custo-benefício, o que faz desse método muito atrativo para quem tem pressa para finalizar uma construção.
Além disso, é interessante ressaltar que não existe mais a ideia de que a parede de drywall seja frágil, que não pode ter contato com água, não isola a temperatura e nem os ruídos. Nos últimos anos, houve muitos avanços tecnológicos que melhoram a qualidade desse material. De acordo com a finalidade, há sempre uma possibilidade de uso do drywall. Veja:
Para dividir quartos e salas, a parede de drywall é uma ótima solução. Ela recebe adequadamente portas, as quais devem ser previstas no projeto, pois precisam de uma estrutura específica: vergas metálicas dão proteção extra para receber a esquadria, de modo a suportar o seu uso.
Os acabamentos das paredes podem variar de acordo com o seu gosto, já que, quando preparadas com uma massa específica, elas suportam tintas e papéis de parede.
Para fixar espelhos, quadros, TVs ou aparelhos de ar-condicionado, é preciso observar o peso desses objetos. Convencionalmente, uma parede de drywall suporta um objeto de até 10 kg preso diretamente no gesso cartonado, ou um de até 18 kg preso na estrutura metálica. Cargas superiores a essa demandam reforço, mas é fundamental que esse trabalho seja feito por um profissional especializado, a fim de manter a durabilidade da parede.
Além disso, para um bom isolamento termoacústico, é possível utilizar placas mais grossas, acompanhadas de um preenchimento de lã de vidro ou mineral. Trata-se de um isolamento muito eficaz, utilizado, inclusive, em salas de cinema.
Um dos temores de quem vai reformar o apartamento e opta pelo drywall é utilizá-lo em ambientes molhados, como cozinhas e banheiros. Antigamente, o temor se justificava, pois o material tinha pouca resistência à umidade. No entanto, devido à evolução desse material, é possível empregar essa alternativa nesses cômodos.
Para isso, é preciso que a divisória passe por um processo de impermeabilização, receba revestimento cerâmico com a argamassa e o rejunte específicos, que garantirão a vedação total. Assim, o drywall terá durabilidade nas superfícies que tenham contato constante com a água. Na parte inferior da parede, onde ela se une com o piso, é fundamental redobrar o cuidado, a fim de que não se acumule água, o que pode danificar a parede.
Por fim, até a bancada de granito ou de mármore da pia da sua cozinha, ou do seu banheiro pode ser fixada em uma parede desse material. Um reforço nas camadas internas da parede — com madeira ou aço — garante que a peça permaneça fixada de maneira bem firme.
No dia a dia, qualquer parede requer apenas uma limpeza superficial, com pano úmido, caso se verifique a formação de uma camada de sujeira sobre ela. Esse cuidado serve para os dois tipos apresentados neste artigo.
Recomenda-se que, ao se notar necessidade de perfurar uma parede de drywall para instalar quadros ou outros objetos, seja procurado um profissional especializado, que pode dar conta da necessidade de um reforço estrutural, que vai evitar acidentes. Em uma parede de tijolos, o cuidado ao se perfurar é para não atingir conduítes ou o encanamento.
Ao notar algum sinal de vazamento, é preciso procurar ajuda profissional com urgência, para evitar um dano muito extenso na sua parede. No caso do drywall, esse problema é detectado com mais rapidez, mas também é preciso ser veloz na sua solução.
Esperamos que, neste post, você tenha encontrado informações suficientes para decidir por alvenaria ou drywall para dividir um ambiente na sua casa. Se você prefere uma solução mais rápida, que cause menos sujeira e seja mais prática, certamente o drywall é a melhor escolha!